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Nossa história

A Sociedade Espírita Paz e Luz têm o seu inicio a partir de uma reunião para realizar o Evangelho no Lar com base nas orientações do Espiritismo de Allan Kardec. A atividade teve seu começo em 16 de setembro de 1989, aos sábados e participaram deste evangelho: o Sr. Antônio Lemos de Brito (In Memoriann) e a esposa Odiles da Silva Brito, também a senhora Godiva Peixe da Silva, a senhora Margarida Quintilhano e a senhora Marília do Carmo Pinheiro (In Memoriann).

Pode-se se dizer que a construção da memória da Sociedade Espírita Paz e Luz sucederam-se a partir desse dia em setembro de 1989 porque sempre em mesmo horário (14hs- 16hs) e local acontecia a reunião dessas pessoas com a abertura das preces solicitando que do ‘alto os espíritos amigos e orientadores espirituais’ derramassem sua luz para o entendimento das mensagens e que essas irradiações chegassem àqueles irmãos necessitados.

O mentor espiritual ‘Dr. Prado’ passou a manifestar-se aprofundando o conhecimento da obra “O Evangelho segundo o Espiritismo” e houve o estimulo da leitura de “O livro dos espíritos” e o “Livro dos médiuns”. As reuniões aconteciam em uma pequena peça que pertencia à casa do casal Sr. Antônio e sua esposa Odiles, o que seguiu durante quatro meses até um dia por orientação espiritual, repassada pelo mentor ‘Dr. Prado’ que começasse nesse espaço a prática de passes mediúnicos. Gradualmente aumentou a procura de irmãos pelos passes, a água fluidificada seguindo para as orientações espirituais.

O fluxo de pessoas participantes foi crescendo, bem como, o número de trabalhadores da casa, o que foi iniciado por cinco membros passando para o número de doze pessoas, o que levou a realizar um trabalho para o atendimento, além dos sábados, entendiam-se as terças-feiras, porém nesse dia no horário das 17hs às 20hs, iniciava com a abertura dos trabalhos com uma prece e leituras comentadas de um trecho do Evangelho, segundo o espiritismo.

Os encontros para estudos e sessões de desenvolvimento passaram para as quartas-feiras à noite, das 20hs às 22 horas. Dessa maneira e devido à amplitude de procura os trabalhos aos sábados passaram a ser feitos das 8hs da manhã até às 20hs com atendimentos, denominados de magnéticos, orientações e passes.

A partir desses sentiu-se as necessidades de mais espaço, já que ainda era realizado o trabalho de atendimento ao público na casa mencionada anteriormente. Então aos poucos vieram doações de obras espíritas, tanto as básicas (materiais), quanto às doutrinárias (espirituais), entre essas foram recebidos livros, em forma de romances, ou narrativas de psicografias e psicografadas de autores diversos.

Nas sessões de estudos e de desenvolvimentos devido ao pequeno espaço, mas com a vontade de realização exprimia-se em torno de uma mesa; utilizando cadeiras e mochinhos um número de 18 a 20 pessoas, apertadas pelo pouco espaço, mas sequiosos para a absorção do conhecimento, a palavra transmitidas por seres de luz, ora apaziguando, ora consolando e dando força para levar adiante a inspiração, a energia o que não se tinha ainda a plena consciência e importância. A partir desses encontros foram surgindo outras ações.

Uma das primeiras ações, comunitária, desenvolvidas por meio da Sociedade Espírita Paz e Luz foram à coleta de roupas, incluindo calçados, os alimentos (perecíveis e/ou não perecíveis) para distribuição aos necessitados, com a sensibilidade de que no município havia um número bem considerável. Para isso era formado uma caravana, com vários carros, aí já se contava com a colaboração do Sr. Mário João Carlos e a senhora Verônica, o casal Claudio e Heleni, o Sr. Gilberto Rangel, o Vladimir, a Senhora Fátima e o seu esposo, a Cleonice e o esposo, Dejanira e esposo, além de o senhor Antônio de Brito para levar os sopões às comunidades. Os alimentos para esse preparo eram doados e se recebia também pães e frutas e enchiam-se sacolas para serem levadas aos necessitados, pela fome, pelo frio ou mesmo por doenças e abandono causando solidão. Essa caravana ia às seguintes comunidades: Rincão da Madalena, Vila Sapo, Tom Jobim, na Avenida Marechal Rondon, na localidade atual junto a Ulbra.

A casa até hoje tem o mesmo procedimento e acolhimento para as doações e repasses. As roupas doadas são previamente selecionadas, se preciso são consertadas e dependendo do estado são lavadas para depois serem doadas.

Para recursos e manutenção da casa teve início o aceite de associados; se ampliou doações para alimentos preparados em panelas pequenas, médias e grandes, muitas vezes essas emprestadas, em fogão á gás, fogareiros e muitas vezes em fogueiras no feitas no pátio, onde se reunia depois dos trabalhos nos sábados e no dia seguinte a entrega.

Por volta da década de 90, se construiu uma peça, nos fundo do quintal da família Brito e para ali guardar seus utensílios, como bicicletas das crianças e etc., pois a casa de moradia, de família numerosa, oito filhos (as), ainda cedia nesse ambiente um espaço para a espiritualidade, além de acolher, estudantes de outras localidades que vinham estudar nas escolas locais, desde o ensino municipal e estadual, fundamental e médio, enquanto suas famílias aguardavam a entrega de suas casas.

Aos poucos foi pensado e ampliado o espaço nos fundos (quintal) dessa família e se transformou em uma “sede” tomando corpo pela participação ativa do casal Antônio e Odiles, principais motivadores e aos poucos se conseguiu materiais como: telhas e tesouras feito um contra piso e finalmente o acesso a casa nova, sem portas e janelas e com um banheiro privativo, entretanto, se tinha um lugar para atender as pessoas que vinham de muitas localidades. A partir dessa pequena e necessária ampliação, trouxeram porta de ferro (externa), janelas de correr (ainda sem os vidros) e porta interna tudo feito por meio de doações,..., mais além vieram os parquêt para o piso, um piso de cimento na pequena recepção, chegaram os vidros, mais cadeiras, inclusive de praia, tudo isso enquanto se cumpria a primeira proposta, formavam-se filas enormes e para organizar esse atendimento e daí vieram mais trabalhadores, colaboradores que foi o senhor Oriton, as duas senhoras de nome Rosa, o Michel, a Mara e a Silvia, o Laudenir, a Zildinha (In Memoriann), a Rosana, a Adriana, a senhora Êdi (In memoriam) e muito outros e outras pessoas de boa vontade, trazendo a experiência, o amor ao próximo, interação de conhecimento acerca da doutrina espírita e fundamentalmente a fé.

Desde esses dias retratados aqui pela memória, se ampliou o atendimento, o espaço, as doações, o número de associados, concordância desses em abertura de uma conta em banco para apoio financeiro, realização de cursos na Federação Espírita do Rio Grande do Sul, cursos variados no ambiente da então firmada Sociedade. Houve mais multiplicadores para o Evangelho para o lar, atividades como exposições orais e diálogos, com ouvidos e corações abertos às dores alheias, mas tão nossas quantas as próprias dores. Uns vindos, outro indo que são os percursos da vida.

Os objetivos sempre foram o de alcançar um espaço onde se pudesse construir um prédio para colocar em prática, aquilo que havia aprendido com o amor ao próximo na prática, para continuar dando andamento precisava-se de uma cozinha com todos os equipamentos necessários o que foi propiciado, por meio de um projeto apresentado à Companhia Souza Cruz (Cachoeirinha/RS). Mais adiante chegaram doações de máquinas de costura reta e overloque, e de pessoas físicas, também máquinas de costurar acolchoados, fraldas, cobertas, fronhas, lençóis, roupas infantis, bem como, enxovais para os bebês recém-nascidos. Reuniam-se pessoas que confeccionavam roupas feitas de lãs, sapatinhos todos feitos na própria sede pelas mãos das incansáveis colaboradoras e de corações abertos, o que se explicita aqui muitas das doações, também foram realizadas por pessoas que não tem o entendimento e nem o espiritismo como verdade, mas que tem o amor ao próximo e a caridade no coração.

São variedades de ações, entre essas, as sacolas econômicas, a maioria de produtos comprados pela própria casa, alguns doados, mas todos em um grande movimento de solidariedade. A casa acolhendo sempre quem tem boa vontade chegou para participar nela a Iolanda, a Izaura, a Olívia, a Regina, a Tânia, a Helô, Iberê e a Madalena e tantos outros (as). Para as atividades de alimentação, como se chama na cozinha, vieram: Ornélio, o Ricardo, o João Batista, que são os colegas de panelas, fogão, feijão, arroz e tomates.

Passados os anos, já em 2003 por meio da Prefeitura Municipal de Gravataí, na época o prefeito Bordignon, concedeu a Entidade Paz e Luz, uma área, situada na Rua Alfeu Letti, número 533, pertencente ao bairro Morada do Vale I, para que a casa pudesse ter um espaço próprio. Já se tinha idealizado o projeto de espaço e a partir desse dia se pode parar de sonhar e finalmente ir rumo à realização de um espaço maior para acolher e propor a comunidade local e de fora; seria no primeiro prédio, um salão para as palestras, salas de passes, com atendimento diferenciado para o atendimento que se chamou de hospital espiritual, levar a biblioteca com os livros sobre a espiritualidade, também se pensou em uma biblioteca que atendesse a comunidade, criação de cursos profissionalizantes em vista das necessidades da própria comunidade e das mais variadas, muitas vezes com dificuldade de locomoção para outros lugares. Falta de recursos financeiros,..., orientação em relação ao desenvolvimento de habilidades, cursos de artesanato, de corte e costuras, serigrafia, padaria, tudo pensado para gerar autonomia e renda, mas que desse apoio e amparo para que assim se possa dar continuidade ao curso escolhido. Então nesse espaço teria um refeitório, também nessa proposta de construção nesse espaço cedido pelo poder público.

Nesse segundo prédio, a organização e manutenção de uma creche para atender crianças com zero a cinco anos, com instalações adequadas e por meio das normas e legislação vigente, espaços para atividades físicas (ginásticas, esportes), um playground, um contra turno escolar, para dar atendimento a crianças e adolescentes a partir dos seis anos, com atividades de lazer, cultura, convivência sadia, aprendizado sobre questões ambientais. Além de propor cursos intensivos e extensivos para o ENEM, em horários diurnos e noturnos. O que se pretende dar garantia e tranquilidade as famílias de poucas posses ao possibilitar a formação de cidadãos mais conscientes de si mesmas e em relação à comunidade que residem e vivem, bem como, do país Brasil.

No terceiro prédio: oficinas profissionalizantes, tais como marcenaria, informática, eletricidade básica visando atender o mercado de trabalho. Entre essas metas a Casa quer atender a cultura e as artes, propor aulas de música (violão, órgão, flauta, etc.), com formação de coral, aulas de dança, teatro, ao pensar na sensibilidade humana e seu desenvolvimento de habilidades, algumas já latentes e outras ainda a explorar nos indivíduos e ainda pouco explorados e valorizados. Então nessa nova área, que tem 4253 m², se pretende ainda uma construção para garagem e estacionamento, já na parte superior um espaço coberto para a prática de esporte (futebol, basquetebol, voleibol, handebol, etc.) independente da condição climática. Também se pensa no entretenimento de pessoas de variadas idades, nesse caso, adultos, um espaço onde às pessoas possam usá-lo para bailes, organização de jantares, chás, além de organização formal, como conferências, seminários, reuniões de grupos e que possa acolher com segurança e qualidade, aproximadamente umas quinhentas pessoas.

Atualmente a casa está em construção nesse novo espaço, contando com o apoio e colaboração de muitas pessoas, associados, participantes, profissionais de muitas áreas e entidades, enquanto isso realiza seus trabalhos no mesmo endereço que iniciou sua trajetória, na Rua Aldrovando Leão, 593, em diminuto espaço no total de 45 m². E em consonância desses objetivos citados anteriormente, acolheu a proposta da Biblioteca Comunitária (Biblioteca Comunitária Emília Ferreiro) que mantém sua autonomia da casa por ser comunitária, com atendimento aberto ao público e conta com a participação de pessoas da comunidade, como colaboradores (as) e, entre essas, uma profissional da área, todos (as) pessoas com boa vontade. Assim como na biblioteca em desenvolvimento, e de todos os participantes, associados, ou não da Sociedade Espírita Paz e Luz, são voluntários (as), doando seu tempo, dentro das possibilidades de cada um, trazendo seu conhecimento e experimentando com ele a troca a interação e porque não dizer na fé que os move a serviço das pessoas e para o bem. 

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