Reflexão sobre desastres coletivos na Visão Espírita
- Wagner Lettnin
- 27 de fev.
- 3 min de leitura
Nas últimas semanas, os canais de televisão e mídias sociais nos fizeram acompanhar algumas tragédias coletivas. Um navio superlotado na costa da Grécia matou entre 300 e 700 imigrantes paquistaneses, incluindo cerca de 100 crianças a bordo. O submersível Titan, com 5 pessoas, implodiu ao tentar visitar os destroços do Titanic, um dos mais trágicos acidentes de navegação, ocorrido em 15 de abril de 1912, com quase 1500 mortes.

Desastres envolvendo mortes coletivas como estes naufrágios, ou os que envolvem mortes de pessoas em um mesmo acidente, ou mesmo a recente Pandemia do COVID-19 que provocou tantas mortes, nos afetam sempre.
Não nos cabe julgar os fatos que levaram aos desastres, pois existem inúmeros fatores a provocarem tais acidentes, a ideia aqui é apenas apontar a visão espírita dos desastres coletivos.
O espiritismo explica as desencarnações e expiações coletivas.
Sobre as provas coletivas e flagelos destruidores, os espíritos elucidam em “O Livro dos Espíritos” no capítulo Flagelos Destruidores questão 737 que “somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam.”
Ainda defendem que são frequentemente necessárias para que mais rápido aconteça uma melhor ordem de coisas e para que se realize, em alguns anos, o que teria exigido muitos séculos, “que nós com nosso olhar ainda limitado pela matéria, muitas vezes não enxergamos esses acontecimentos de forma mais ampla e que mesmo por trás das grandes dores existe uma razão.”
Assim percebemos que olhamos os acontecimentos da nossa ótica encarnada e quando a espiritualidade nos aponta outro ponto de vista vamos aprendendo a ver pela ótica espiritual os fatos.
O que podemos aprender com estes acontecimentos? Porque estamos passando, como humanidade, por isto?
Precisamos ainda lembrar sempre de orar pelos desencarnados, pelos familiares e amigos que se envolveram nestes acontecimentos, pois os pensamentos midiáticos do sensacionalismo criado podem atrapalhar os espíritos desencarnados.
Para ilustrar este processo, encontramos no livro CARTAS E CRÔNICAS – Feb Editora, ditado pelo Espírito: Irmão X e psicografia de Chico Xavier, que nos terríveis momentos das arenas romanas em 177 d.c. foram queimadas 1000 mulheres e crianças cristã num único evento. Os responsáveis por este crime foram reunidos no dia 17 de dezembro de 1961 no Gran Circo Norte-Americano, anunciado como o mais famoso da América Latina, em Niterói-RJ. Lá aconteceria a maior tragédia circense da história e o pior incêndio com vítimas do Brasil. Mais de 3 mil espectadores, a maioria crianças, lotavam a matinê, quando a trapezista Antonietta Stevanovich deu o alerta de “fogo!”.
Em menos de dez minutos, as chamas devoraram a lona. Para piorar a situação, o principal hospital da região se encontrava fechado por falta de condições.
O prefeito da cidade estabeleceu em 503 o número oficial de mortos, mas a contabilidade real nunca será conhecida.
Por que Deus permite o acontecimento destes desastres? Por necessidades individuais de resgate e como muitos espíritos estão envolvidos nas mesmas necessidades, passam juntos pelo mesmo acontecimento. Talvez nem todos os algozes romanos precisaram passar pelo acidente, mas aqueles que ainda sentiam culpa pelo ocorrido pediram para passar por esta prova a fim de acalmar suas consciências do mal praticado.
Precisamos criar círculos virtuosos social e individualmente para no futuro da humanidade para que não mais precisemos passar por estes tristes eventos.
Escrito por Alan Diniz Souza Publicado: 06 Julho 2023 https://www.usepiracicaba.com.br/






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