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Derrogar as Leis Naturais


Derrogar as Leis Naturais


Itair Rodrigues Ferreira



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Um jovem cientista alemão chamado Albert Einstein, de apenas 26 anos, apresentou a sua Teoria da Relatividade Restrita agitando os círculos científicos, e, no dia cinco de junho de 1905, a revista Annalen Physik, da Alemanha, publicou o artigo como controverso, porque muitos cientistas têm tido problemas sobre a equação por ele formulada, derrogando as leis da Física vigente, já que muitos físicos não entendem a equação, que afirma que a energia é igual à massa multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz.

Entretanto, Einstein afirmou que os átomos, que muitos afirmam não existirem, são partículas reais e mensuráveis. E somente em 1911, Ernest Rutherford, um físico e químico neozelandês, defendeu a tese de que os átomos têm sua carga positiva concentrada em um pequeno núcleo, criando o modelo planetário do átomo.

Mais de cem anos se passaram e, em 2014, o Dr. Raul Marino, professor titular de neurocirurgia da Faculdade de Medicina da USP, disse que, “apesar de o cérebro já estar totalmente mapeado ainda não conhecemos 1% de suas possibilidades. Sabemos tanto do cérebro quanto os astrônomos conhecem do universo”. (1)

Em vista das descobertas científicas se sucederem de forma vertiginosa, o físico Thomas S. Kuhn passou a utilizar o termo mudança de paradigmas, a fim de conciliar a sequência evolutiva com as experiências ultrapassadas. (2)

Richard Feynman, considerado o Pai da Nanotecnologia, ganhador do Prêmio Nobel em Física, em 1965, apresentou-se no púlpito em um congresso, em 29 de dezembro de 1959, perante a elite dos físicos norte-americanos, que ficaram surpresos com o seu discurso intitulado: “Há muito espaço lá embaixo”. (3)

Christian Joachim, pioneiro na pesquisa em nanociências, responsável por diversas descobertas e invenções nesse campo, tendo recebido dois Prêmios Feynman de Nanotecnologia (1997 e 2005) é engenheiro de formação, com doutorado em física matemática e física quântica, atualmente dirige a área de nanociências do Centre National de la Recherche Scientifique em Toulouse, França, e um grupo de pesquisas em Cingapura, pesquisando as funções elementares numa nanobactéria, assim afirmou:

“Onde se esconde o sopro da vida nos milhões de macromoléculas que constituem uma célula? A resposta a essa pergunta escapa à abordagem científica, a despeito de todas as tentativas empreendidas há séculos. As hipóteses mais modernas estão bem longe de explicar a natureza dessa centelha de vida.” (4)

Jesus, o Cristo de Deus, no incomparável Sermão do Monte exortou: “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir. Nem um i ou um til passará da lei”. (5)

O rei Salomão, por sua vez, declarou: “Não há nada novo debaixo do sol”. (6)

Nada pode derrogar, revogar, abolir ou ultrapassar a Lei natural. As Entidades Sublimadas responderam ao insigne Allan Kardec que “A Lei natural é a lei de Deus. Eterna e imutável como o próprio Deus”. (6)

O instrutor André Luiz, no livro Conduta Espírita, ensina que devemos evitar falar palavras contrárias ao pensamento espírita, quais sejam sorte, acaso, sobrenatural e milagre. (7)

Quantas vezes falamos sobre o que pode ou o que não pode existir, determinando a interpretação de tudo à luz da lógica da lei natural.

Então questionamos: Quem conhece a lei natural? O nosso conhecimento é tão diminuto que podemos afirmar que a nossa ignorância é extremamente maior do que o nosso conhecimento.

Sócrates, o pai da filosofia grega, quando procurado pelo rei da Grécia e pelos reis das nações vizinhas, que lhe perguntaram se ele era mesmo o maior sábio da Grécia, ele respondeu: “o que sei é que nada sei. Se saber que nada sabe é ser sábio, então eu o sou”, ele estava ciente de que a sua ignorância era maior do que a sua sabedoria. Para nós ele foi humilde, já que somos orgulhosos e vaidosos. Orgulhosos e vaidosos? Não sei do quê; mas, nós o somos… e muito!

Todas as invenções — vamos chamá-las de descobertas, já que “Não há nada novo debaixo do sol”, e, como afirmou, também, o pai da química moderna, Antoine Lavoisier, “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” — foram contestadas e os seus descobridores foram perseguidos, maltratados, criticados, e, muitos, assassinados, para nos trazer o progresso, em meio a lutas, sacrifícios e determinação perseverante.

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”, como, novamente, nos ensinou o rei Salomão. (8)

Deus controla e regula tudo. Toda a harmonia existente no Universo pertence a Deus, como afirmou Jesus:

Não há um fio de cabelo que caia sem que Deus queira, demonstrando que, nas mínimas coisas, Deus tem Suas leis soberanas em ação. Do átomo ao Universo, nada escapa ao controle divino. Todas as coisas que aconteceram, acontecem e acontecerão têm a Sua aquiescência. O nosso mundo e tudo é real, não é ilusão. Ilusão é a ideia que formamos do mundo. A substância da matéria é energia; matéria é energia tornada visível. A água pode se transformar em vapor; mas ela não é destruída, e seu peso se mantém. Um vidro pode ser reduzido a pó e desaparecer da vista, mas seus componentes continuam indestrutíveis. A isto disse Jesus: “Vós tendes olhos e não vedes; tendes ouvidos e não ouvem”.

O progresso continua em todos os setores da experiência humana, na física quântica, na psicologia transpessoal e positiva, explorando o nosso Eu transcendental, na relatividade possível, dando-nos um caminho de luz para os nossos passos. Entretanto, ainda estamos no início da aprendizagem como Espíritos.

Muitas coisas aprenderemos. Muitas coisas nos surpreenderão e mudaremos muitos paradigmas. Mas, em nenhum momento, devemos dizer: Isso não pode! É derrogação das leis naturais!

Muita paz!

Dados bibliográficos: 1 – Século XXI-A Era do Sentimento, Itair Rodrigues Ferreira, 1ª edição, pág. 51, Emican Editora. 2 – A Estrutura das Revoluções Científicas, Thomas S. kuhn, 9ª edição, Ed. Perspectiva. 3 – Nanociências – A Revolução do Invisível, Christian Joachim e L. Plévert, 1ª ed. 2008, Zahar. 4 – Idem, ibidem, página 114. 5 – A Bíblia Sagrada, Mateus, 5, v. 17 e 18, João Ferreira de Almeida. 5 – A Bíblia Sagrada, Eclesiastes, 1, vers. 9, 10 e 11., João Ferreira de Almeida. 6 – O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 614 e 615, FEB. 7 – Conduta Espírita, André Luiz, Waldo Vieira, página 59. Na propaganda, FEB. 8 – A Bíblia Sagrada, Eclesiastes, 3, vers. 1 a 8, João Ferreira de Almeida.

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